Cavacada
O candidato a candidato deixou de o ser... Passou mesmo a candidato.
Foi pelas oito da noite, não pela rampa do Cais das Colunas (talvez pelas obras do metro), que o Sr. Silva, tal D. Sebastião, irrompeu frente aos jornalistas, nas instalações da sua obra de regime (o CCB), por alegado «imperativo de consciência» e «exclusivamente pelo país». Messiânico quanto baste, o Sr. Silva deve ter pensado no seu contributo para o País ao longo de 10 anos e a consciência doeu... Afinal, o Sr. Silva diz que tem consciência; mas o povo não tem memória!!! E, vai não vai, «sou mesmo candidato»!
Pensava eu há meses, por entre copos e contas do défice, que o sinónimo de esperança para Portugal era deixar o passado lá atrás e olhar para o futuro com sangue novo. Primeiro veio o Soares e agora, como esperávamos, o Sr. Silva. Tanto passado! E eu que esperava contar à minha filha que houve um tempo de vacas tão gordas no País que até se pensou que o capitalismo era popular, que o consumo substituía a produção, que os direitos sociais se substituíam pelo crédito concedido pela banca.
Foi o tempo de uma governação prepotente mas carregada de fundos comunitários desbaratados em jeeps, apartamentos de luxo, casas de férias e muita, muita, ostentação. Muitos enriqueceram e a classe média lusa pôde chegar aos sonhos que só os ricos almejavam. Estávamos a iniciar o período histórico do «leve já, pague amanhã»!
Mas o País tinha mais de 2 milhões de pobres, tal como hoje!
Mas as famílias passaram a viver endividadas até ao último cêntimo, tal como hoje!
Os tempos que vivemos foram tão fartos e ao mesmo tempo tão parcos que lhe chamámos cavaquismo! Degradaram-se os valores, imperou a cultura do «pato bravo» (variação do neo-liberalismo à portuguesa), destruiu-se o sector produtivo e chamou-se a minha geração de «rasca». Dez anos depois o comboio da Europa tinha passado, e nós apeados. E daí para a frente, as gerações têm andado é à «rasca» (todas, sem excepção)!!!
Queria contar à minha filha, no passado, que um dia tínhamos vivido no cavaquismo. Porém, agora vou ter de lhe explicar que o mentor do cavaquismo é o mesmo que vai fazer da Presidência da República uma cavacada! Prepara-te República Portuguesa que já só faltam 3 meses.
É ele, o mesmo de sempre, o Sr. Silva.
Foi pelas oito da noite, não pela rampa do Cais das Colunas (talvez pelas obras do metro), que o Sr. Silva, tal D. Sebastião, irrompeu frente aos jornalistas, nas instalações da sua obra de regime (o CCB), por alegado «imperativo de consciência» e «exclusivamente pelo país». Messiânico quanto baste, o Sr. Silva deve ter pensado no seu contributo para o País ao longo de 10 anos e a consciência doeu... Afinal, o Sr. Silva diz que tem consciência; mas o povo não tem memória!!! E, vai não vai, «sou mesmo candidato»!
Pensava eu há meses, por entre copos e contas do défice, que o sinónimo de esperança para Portugal era deixar o passado lá atrás e olhar para o futuro com sangue novo. Primeiro veio o Soares e agora, como esperávamos, o Sr. Silva. Tanto passado! E eu que esperava contar à minha filha que houve um tempo de vacas tão gordas no País que até se pensou que o capitalismo era popular, que o consumo substituía a produção, que os direitos sociais se substituíam pelo crédito concedido pela banca.
Foi o tempo de uma governação prepotente mas carregada de fundos comunitários desbaratados em jeeps, apartamentos de luxo, casas de férias e muita, muita, ostentação. Muitos enriqueceram e a classe média lusa pôde chegar aos sonhos que só os ricos almejavam. Estávamos a iniciar o período histórico do «leve já, pague amanhã»!
Mas o País tinha mais de 2 milhões de pobres, tal como hoje!
Mas as famílias passaram a viver endividadas até ao último cêntimo, tal como hoje!
Os tempos que vivemos foram tão fartos e ao mesmo tempo tão parcos que lhe chamámos cavaquismo! Degradaram-se os valores, imperou a cultura do «pato bravo» (variação do neo-liberalismo à portuguesa), destruiu-se o sector produtivo e chamou-se a minha geração de «rasca». Dez anos depois o comboio da Europa tinha passado, e nós apeados. E daí para a frente, as gerações têm andado é à «rasca» (todas, sem excepção)!!!
Queria contar à minha filha, no passado, que um dia tínhamos vivido no cavaquismo. Porém, agora vou ter de lhe explicar que o mentor do cavaquismo é o mesmo que vai fazer da Presidência da República uma cavacada! Prepara-te República Portuguesa que já só faltam 3 meses.
É ele, o mesmo de sempre, o Sr. Silva.
degustado por Red Label @ 9:46:00 da manhã
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