As Travessuras do Bolo Rei

Não será esta a época do bolo típico da quadra natalícia, mas uma vez que Portugal deu azo a que o Bolo Rei habitasse o Palácio de Belém durante os próximos cinco anos, o bolo estará mesmo na ordem dos 365 dias de cada um.
Porque o Bolo Rei é agora o Presidente da República Portuguesa, os Marados prometem estar atentos às movimentações desta obra de pastelaria fina. Eis o primeiro alerta à nação sobre as travessuras do Bolo Rei.

Há Uns Meses
Assumia o Bolo Rei, em plena pré-campanha à Presidência, que a sua candidatura se pautava pela total independência partidária. O discurso chegou a ser de tal forma virulento quanto aos partidos que, os outros candidatos, chegaram a comparar a retórica anti-partidos do Bolo Rei à postura do bafiento croquete do antigo regime.
A populaça, cansada de partidarite aguda a poluir a vida do País, até que aplaudiu a coisa, e a brincar a brincar, lá engoliu o distanciamento partidário que, só na aparência, marcou a candidatura do Bolo Rei de Boliqueime. Reparem bem que, ao longo dos três meses que o País mergulhou em campanha, o Bolo Rei nunca quis por perto o pequeno Mendes, e muito menos o herdeiro bastardo do Portas.

Há Dias
Já devidamente instalado em Belém com a sua airosa fava (ou brinde, depende dos gostos!), o Bolo Rei começou por meter mãos à obra chamando a si os assuntos de Estado. Ora, mandam os canhos que o Presidente nomeie cinco conselheiros com acento no discreto, mas vital, Conselho de Estado. E eis que, o mui independente Bolo Rei de Boliqueime (o tal que até não queria partidarite!) chama os quatro amigalhaços laranja que tinha mais à mão – Marcelo “ex-TVI”, Manela do Défice, Dias “Arruaceiro” Loureiro e o mandatário da sua campanha João Lobo Antunes – e o Anacoreta do partido do taxi, ou melhor, do partido do herdeiro bastardo do Portas.

Enfim, legítimo aos olhos da lei mas travesso para com a populaça, o Bolo Rei lá quebrou a tradição de representatividade dos principais partidos nas escolhas dos cinco nomeados pelo Presidente ao Conselho de Estado.
Arre Cavacada, que o Bolo Rei não é de hoje!

AVISO AOS NOSSOS CAMARADAS E AMIGOS

MARADOS DA TASCA

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A redacção Marada.