10 (de muitos) motivos para não perder tempo com os Oscars
madrugada inteira
de bar aberto!!!)
de bar aberto!!!)
Já lá vai o tempo em que eu, apaixonado pelo cinema, ficava de olhos bem abertos madrugada fora, atento às emissões radiofónicas, em directo de L.A., picando as minhas escolhas e as da Academia de Artes e Ciências de Hollywood (não havia transmissão televisiva em directo, como hoje!). Infeliz, raramente acertava no destinatário do prémio, e depressa percebi que nem meia garrafa de scotch à disposição me fariam aguentar o calvário de assistir a tamanhos atentados à cinéfilia.
Porém, porque hoje é noitada de Oscars, e há sempre uns quantos ociosos que não resistem às lantejoulas e às variedades pirosas, não resisti à tentação de apontar apenas 10 (de muitos) motivos para afirmar que Hollywood é de facto uma farsa – acertivo é Woody Allen que dorme a sono profundo, mesmo quando os seus filmes por lá andam.
1) O mestre Charlie Chaplin venceu (para lá de um Oscar honorário, ou de má consciência, sinónimo da farsa) um único prémio atribuído pela Academia: o de melhor banda sonora por «Luzes da Ribalta», em 1952;
2) O grande filme de Alfred Hitchcock, «Vertigo», nem sequer recebeu uma singela nomeação para os Oscars nesse ano de 1958, em que o musical «Gigi», de Vincent Minnelli arrebatou os principais prémios;
3) Um dos maiores personagens da história do cinema, Michael Corleone, dado à vida filmica pelo inigualável Al Pacino, nunca foi distinguido com o merecido prémio de Melhor Actor (e houve duas hipóteses para o fazer, uma em 1974 e outra em 1991);
4) Em 1976, «Rocky» bateu o incontornável «Taxi Driver» de Martin Scorsese (sim, o vencedor do Melhor Filme era protagonizado e escrito pelo mais atroz dos maus actores de sempre, Sly Stallone);
5) Apesar de distinguido em Cannes, «Apocalypse Now», filme maior da história do cinema, perdeu os Oscars para um pastelão familiar chamado «Kramer Contra Kramer» em 1979;
6) Um ano depois, o grande «Raging Bull – O Touro Enraivecido», também de Scorsese, perde os Oscars para um dos mais corriqueiros filmes que Hollywood ousara produzir, «Gente Vulgar» de Robert Redford;
7) Nessa sequência de lamechice, vulgaridade e oportunidade ser sinónimo de Oscar garantido, a Academia ousou não apontar, em 1986, «Veludo Azul» de David Lynch para Melhor Filme (nomeou, timidamente, o mais alucinante, e alucinado, dos realizadores norte-americanos para o prémio da sua categoria e preferiu destacar, com nomeação para Melhor Filme, uma lamechice inconsequente intitulada «Filhos de um Deus Menor»);Porém, porque hoje é noitada de Oscars, e há sempre uns quantos ociosos que não resistem às lantejoulas e às variedades pirosas, não resisti à tentação de apontar apenas 10 (de muitos) motivos para afirmar que Hollywood é de facto uma farsa – acertivo é Woody Allen que dorme a sono profundo, mesmo quando os seus filmes por lá andam.
1) O mestre Charlie Chaplin venceu (para lá de um Oscar honorário, ou de má consciência, sinónimo da farsa) um único prémio atribuído pela Academia: o de melhor banda sonora por «Luzes da Ribalta», em 1952;
2) O grande filme de Alfred Hitchcock, «Vertigo», nem sequer recebeu uma singela nomeação para os Oscars nesse ano de 1958, em que o musical «Gigi», de Vincent Minnelli arrebatou os principais prémios;
3) Um dos maiores personagens da história do cinema, Michael Corleone, dado à vida filmica pelo inigualável Al Pacino, nunca foi distinguido com o merecido prémio de Melhor Actor (e houve duas hipóteses para o fazer, uma em 1974 e outra em 1991);
4) Em 1976, «Rocky» bateu o incontornável «Taxi Driver» de Martin Scorsese (sim, o vencedor do Melhor Filme era protagonizado e escrito pelo mais atroz dos maus actores de sempre, Sly Stallone);
5) Apesar de distinguido em Cannes, «Apocalypse Now», filme maior da história do cinema, perdeu os Oscars para um pastelão familiar chamado «Kramer Contra Kramer» em 1979;
6) Um ano depois, o grande «Raging Bull – O Touro Enraivecido», também de Scorsese, perde os Oscars para um dos mais corriqueiros filmes que Hollywood ousara produzir, «Gente Vulgar» de Robert Redford;
8) Em 1988, Barry Levinson, homem dos grandes estúdios e dos pequenos filmes, era distinguido como Melhor Realizador por «Rain Man» em detrimento de Scorsese, por «A Última Tentação de Cristo»;
9) «Crimes e Escapadelas», uma das obras maiores de Woody Allen, não é sequer nomeado para Melhor Filme de 1989, preferindo-se premiar com os mais importantes dos Oscars uma espécie de telefilme de segunda intitulado «Driving Miss Daisy»;
10) Aquele que, quase unanimemente, todos apontam como o maior filme da década de 90, «Pulp Fiction» de Quentin Tarantino, perdeu os Oscars para o inenarrável «Forrest Gump» de Robert Zemeckis, corria o ano de 1994.
4 Comments:
Coisas de americano, amigo.
Este ano até nem tiveram muito mal no melhor filme.
Abraço.
O ano passado estiveram melhor. E, diga-se, o «Crash» era o mais politicamente correcto dos filmes a concurso.
Abraço
E este ano lá ganhou mais uma pipineira. Se ganha-se o Brokeback era um escandalo.Valha ao menos o realizador.
Jocas e isto não é assim tão machista ;-)
Ainda dizem k numa tasca nã se aprende nada. Ora toma.
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