A Ternura dos Quarenta
(Uma homenagem a Alexandra)
Foi protagonista de muitos dos sonhos lúbricos da nossa tenra e inocente juventude. Era, à época, uma espécie de femme fatale q.b., neste puritano Portugal daquela primeira era do cavaquismo.
Promissora actriz, recordo-a no saudoso Teatro da Graça a representar Tchekov. Fazia-me acompanhar por uma namorada de adolescência que consumia com avidez a Kapa (revista politicamente incorrecta, e intelectualmente correcta, daqueles inícios de 90) e seguia de perto o que a jovem Alexandra fazia enquanto actriz. Tudo porque a admirava profundamente – do tipo, “daqui a uns anos quero ser sexy como ela, usando peles com jeans; e etc.”
Se a minha jovem namorada se queria sentir Alexandra, eu preferia sonhar sentir a Alexandra... eu, e quase todos os tipos com testosterona trasbordante dos poros da epiderme. Alexandra Lencastre era mesmo um must cá no burgo. Sorte a do Virgílio Castelo, pensávamos nós.
Veio a televisão privada e depressa a sempre sedutora Alexandra nos passou a entrar em casa. Primeiro, uma ou outra telenovela, depois, fazendo jus à pose da “boazona”, começou a levar para a cama uns (e umas)... Eu explico, para quem não sabe e já está a pensar no que não deve: tratava-se de uma espécie de talk show, inspirado no título de um pseudo-documentário da Madonna, intitulado «Na Cama Com...», e tinha Alexandra Lencastre - em excelente forma e trajada com roupas mais ou menos íntimas (vulgo lingerie) – a entrevistar celebridades cá da terra, numa cama assentada em pleno Oh Lisboa (hoje, Passerelle; esse mesmo!). Erótico quanto baste, mas mais nada, que aquilo ainda não era o «Sex Appeal» nem ela se chamava Elsa Raposo.
Findavam os noventa e Alexandra acabou assentando arraiais com um holandês doido por reality shows que chegava a Portugal para contaminar de vez a televisão lusa. Vieram os filhos, as «primeiras rugas», algum cinema e muito telelixo... Reconhecimento total como actriz, mas a beleza a parecer esfumar-se numa magreza galopante. E quando todos pensávamos que a Alexandra se afundava nos quarenta e já não era a «boazona» de Portugal, eis que surge um novo namorado e um ensaio fotográfico na FHM. A mulher dos sonhos lúbricos da nossa juventude está de volta como nunca a víramos antes. Madura, sensual e com o travo refinado dum porto velho, para nos fazer adolescentes de novo.
À tua Alexandra; tu que chegaste a ser a maior excitação cá do burgo.
Foi protagonista de muitos dos sonhos lúbricos da nossa tenra e inocente juventude. Era, à época, uma espécie de femme fatale q.b., neste puritano Portugal daquela primeira era do cavaquismo.
Promissora actriz, recordo-a no saudoso Teatro da Graça a representar Tchekov. Fazia-me acompanhar por uma namorada de adolescência que consumia com avidez a Kapa (revista politicamente incorrecta, e intelectualmente correcta, daqueles inícios de 90) e seguia de perto o que a jovem Alexandra fazia enquanto actriz. Tudo porque a admirava profundamente – do tipo, “daqui a uns anos quero ser sexy como ela, usando peles com jeans; e etc.”
Se a minha jovem namorada se queria sentir Alexandra, eu preferia sonhar sentir a Alexandra... eu, e quase todos os tipos com testosterona trasbordante dos poros da epiderme. Alexandra Lencastre era mesmo um must cá no burgo. Sorte a do Virgílio Castelo, pensávamos nós.
Veio a televisão privada e depressa a sempre sedutora Alexandra nos passou a entrar em casa. Primeiro, uma ou outra telenovela, depois, fazendo jus à pose da “boazona”, começou a levar para a cama uns (e umas)... Eu explico, para quem não sabe e já está a pensar no que não deve: tratava-se de uma espécie de talk show, inspirado no título de um pseudo-documentário da Madonna, intitulado «Na Cama Com...», e tinha Alexandra Lencastre - em excelente forma e trajada com roupas mais ou menos íntimas (vulgo lingerie) – a entrevistar celebridades cá da terra, numa cama assentada em pleno Oh Lisboa (hoje, Passerelle; esse mesmo!). Erótico quanto baste, mas mais nada, que aquilo ainda não era o «Sex Appeal» nem ela se chamava Elsa Raposo.
Findavam os noventa e Alexandra acabou assentando arraiais com um holandês doido por reality shows que chegava a Portugal para contaminar de vez a televisão lusa. Vieram os filhos, as «primeiras rugas», algum cinema e muito telelixo... Reconhecimento total como actriz, mas a beleza a parecer esfumar-se numa magreza galopante. E quando todos pensávamos que a Alexandra se afundava nos quarenta e já não era a «boazona» de Portugal, eis que surge um novo namorado e um ensaio fotográfico na FHM. A mulher dos sonhos lúbricos da nossa juventude está de volta como nunca a víramos antes. Madura, sensual e com o travo refinado dum porto velho, para nos fazer adolescentes de novo.
À tua Alexandra; tu que chegaste a ser a maior excitação cá do burgo.
14 Comments:
Justa e merecida homenagem a uma mulher que chegou aos quarenta anos,na plenitude da sua beleza e atributos físicos.
Com um corpo de fazer inveja a muitas "rameiras",que se intitulam strippers,aí por esses bordeis de Portugal;qd ela própria já experimentou profissionalmente essas lides...
Ao longo dos anos,tem-se mantido como um ícone sexual para a esmagadora maioria dos Homens( e um inimigo dos calos...) e um exemplo a seguir por muitas mulheres,mas é única!!
É única de facto...uma tuga endeusada por muitos e venerada por outros, que conseguiu manter todos os atributos que o camarada red label enfatizou ao longo dos tempos...O sonho de muitos homens era estar não naquela "cama com..." ELA...mas com ELA noutra cama qualquer..!!!
Muita bom recordar esta coisa boa. Parabens pelo texto e pelo blog. Tá muita bom!!
Não era necessário vir a Alexandra para vos fazer sentir adolescentes de novo.
Pelo que vejo, vocês nunca deixaram de o ser.
Que raio de bocas são estas? Caro ou cara leitora, isto é um blog com uma filosofia muito própria. Aqui se expressam opiniões livres e sem valorações morais. Diverte-te a consultar revistas femininas, a ler o DNA ou a ouvir as eucaristias do Melícias... Mas não dês música sem tom aos Marados da Tasca.
Em nome da redacção.
Cara,... por favor.
só por lapso, pelo qual desde já apresento a V.Exas. as m/mais sinceras desculpas, o comment seguiu como anónimo.
Não era minha intenção atentar contra as mentes brilhantes que tornam possível este blog.
Tratava-se apenas de uma "boca foleira", uma picardia, mas se a carapuça serviu...
P.S. - Desde que travei conhecimento com algumas revistas masculinas, comecei de facto a dar mais valor e ter mais respeito por algumas das revistas femininas, por outro lado, não costumo ler o DNA e muito menos ouvir eucaristia (não que tenha nada contra quem o faz).
Quanto à música, meus caros: "É que no peito dos desafinados também bate um coração"
Ah! Então foi a nossa velha amiga Maat a autora do comentário... (sabia de antemão tratar-se de uma mulher! - Pela inveja do comentário, claro está). (lol)
Na verdade este blog pode não ser conduzido por mentes brilhantes mas é já uma instituição blogosférica a ter em consideração.
Tu e muitos internautas leitores estão cá regularmente, facto que demonstra que até o sexo feminino se sente atraído pelo universo puramente masculino.
Não tendo tempo para mais, e aguardando que te reveles,
Vai esperando...
Se quisesses, descobrias quem eu sou, não é assim tão dificil.
Quanto à inveja: não me parece...
Ainda não cheguei à idade da Alexandra, não sei se lá vou chegar, nem como é que vou chegar, pelo que a inveja me parece uma coisa que não se aplica neste caso.
Não é a perfeição que nos faz únicos ou especiais, mas sim as nossas pequenas imperfeições, e eu vou aprendendo a viver com as minhas.
E quem te disse que este blog não é conduzido por mentes brilhantes?
É verdade que nuns dias estão mais brilhantes do que noutros, mas conseguiram chegar até aqui, não?
Cada um com as s/qualidades e os s/defeitos.
BEIJOS
Eu sei quem és Maat...
RECORDO ESTAS CENAS COMO SE FOSSE HJ.LEMBRO-ME DA ALEXANDRA TODA TESUDA NO TEATRO DA TRINDADE.LINDA...
GOSTEI DO POST.
CONTINUEM
Gostei muito. Achei ternurento q.b. o regresso à adolescência.
BEIJOS
epa, esta é como o vinho do porto!
humm.... acho que vou procurar mais umas fotos dela eheheheh
MalG
quem na nossa idade não gosta de "cotas" rijinhas? Esta é o melhor exemplo! Engraçado era fodê-la, xulá-la e, ela ainda pedir mais pixa...
Olá Marados da Tasca,
Gostei muito da postagem do Red Label sobre a Alexandra Lencastre.
Acho que se ela a lê-se tambem ia gostar porque não é ofensiva como já aqui foi dito.
Gostei de lembrar a revista kapa e o resto. Parabens pelo texto.
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