Bem vindo aos MARADOS DA TASCA, templo de escárnio e mal dizer, vícios e mulheres, alcool e derivados e, imperterivelmente, culto ao maior clube do mundo

quinta-feira, maio 31, 2007

Charrua e a bufaria

Na senda de uma tasca de marados interactiva com os seus frequentadores, o nosso blog abre hoje a publicação a amigos. O texto que se segue é da autoria do amigo Rasputin, membro ocasional do gang do javali, e recupera o já antológico "caso DREN", dando-lhe uma pitada bem queirosiana.
O caso DREN mostra que este governo institucionaliza a bufaria. Não tem outro nome o processo aberto a Fernando Charrua, funcionário da Direcção Regional de Educação do Norte e antigo deputado do PSD. Vejamos: num gabinete da DREN Fernando Charrua faz um comentário sobre o primeiro-ministro: ou uma anedota sobre o seu diploma de engenheiro (perdão: lic. em engenharia) ou um nome feio à senhora sua mãe (que, coitada, não tem culpa de ter dado à luz tal criatura). Fez o comentário na presença de outro colega. Que imediatamente foi fazer queixinhas à Senhora Dona Margarida. E esta, muito zelosa da honra da mãe do primeiro-ministro, como se esta fosse uma santa (que não Maria Madalena), instaura-lhe um processo disciplinar, antes de o correr - ou drenar.
O que mais choca neste processo é a atitude de autêntico bufo de alguém que Fernando Charrua considerava amigo. Lembra aqueles seres despreziveis que todos conhecemos na escola pimária, que não hesitavam em denunciar quem fazia barulho na sala de aula. O destino reservado a tais pessoas eram umas boas taponas no recreio. Não, não penso que o rachado que, sabe-se lá porquê, fez queixa de Charrua deva receber um correctivo. Pessoas civilizadas não o fazem, e atitudes, só por si, já definem e condenam quem as faz - ainda para mais no Norte, onde se preza a lealdade e não existem grandes pruridos em termos de linguagem.
Mas permitam-me que seja um pouco queirosiano - e Eça até nasceu na Póvoa de Varzim: caso encontrasse esse delator, fosse no Largo do Chiado, fosse no Grémio, fosse no São Carlos, cuspia-lhe na cara. Ou dava-lhe umas boas bengaladas, mas infelizmente esse adereço já caíu em desuso. E como os duelos também já passaram de moda («espadas ou pistolas?), resta ao abjecto bufo fazer uma declaração num jornal de grande tiragem, até pode ser como anúncio pago de página inteira: "declaro que, se denunciei o meu querido amigo Fernando Charrua apenas o fiz por me encontrar no mais profundo estado de embriaguez. Aliás, este estado não é culpa minha, antes resulta de factores hereditários. Com efeito, já meu pai era um bêbado, assim como meu avô. Sendo assim, venho por este meio declarar que, além de bêbado, sou um infâme".
Só por este meio este bufo poderia salvar a honra - se a tiver.
Rasputin

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A bufos nem pedradas nem bengaladas só pontapés nos colhões

5/31/2007 5:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

morte aos chibos

6/01/2007 5:23 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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