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Havia passado despercebido aos Marados da Tasca, na época de Natal, a crónica desta tal Ana Anes, que assina uma rubrica intitulada «7 Anos de Mau Sexo», sobre «minetes». Redescubro agora, por e-mail, a arte da rapariga n´«O Independente» e só me dá vontade de rir, sobretudo se entender as palavras da Sra. Ana do ponto de vista freudiano da psicanálise.
Imaginemos pois que, Freud veio à Tasca, e entre umas valentes taças de tinto do Cartaxo, nos foi fazendo o diagnóstico da «Dra Ruth do Independente»:
«Querer um bom minete no Natal revela reminiscências de início da adolescência, envolvendo o trauma de descobrir que, afinal, o Pai Natal não existe. Durante os primeiros anos, a Sra. Ana Anes terá desenvolvido inocentes fantasias sexuais com o senhor da Lapónia. E, talvez mesmo, com os duendes e as renas. Repare-se na alusão que a paciente faz aos São Bernardos, aos quais ela compara os homens que lhe fazem maus minetes. O São Bernardo é um cão dócil, dado às lambidelas, e vive em terras frias onde presta socorro quando tudo falha. Para além do seu ar quente e fofinho, e das suas grandiloquentes dimensões, é de extrema utilidade quando tudo em volta é frio.
O facto da paciente fingir, fingir e fingir, revela uma apetência estrondosa para a arte da dramatização. Ela chega mesmo, segundo conta, a inspirar-se nas interpretações do hard-core revisto em Espanha, e que passa no Canal 18 da TV Cabo. Aposto que os gemidos em castelhano lhe permitem soltar a Traci Lords que há em si, o que vejo como um dado positivo. E isso, independentemente, do mau minete, é um excelente princípio para exteriorizar as frustrações de uma carreira que a senhora não escolheu. Daí, pensar, à luz do que me é dado perceber, que a Sra. Ana Anes deveria enveredar pela profissão com que sempre sonhou, a de actriz, e abandonar definitivamente o jornalismo. Talvez isso lhe garanta melhor sexo, com mais parceiros detentores de expediente.
Para terminar este breve diagnóstico, acho que sete anos de mau sexo é muito mau para a sanidade mental de uma pessoa. E recomendar aos seus parceiros a leitura de livros especializados no desempenho do minete parece-me redutor, e nunca o garante do “minete colibri” que a senhora tanto diz apreciar. Recomendo que diga aos seus parceiros onde gostava de ser lambida e que deixe os tabus à porta do quarto, ou seja lá onde for. Na verdade, não há nada que aponte à senhora - uma vez que não tivemos testemunhos de contraditório - que seja eficiente no desempenho do broche, e apesar de tudo, ele há coisas que por muito mau que sejam aparentam sempre resultar. É que os homens também sabem fingir, e nem tudo o que luz é ouro.» Freud explica, portanto!
A Ana dos «7 Anos de Mau Sexo»
até já publicou um livro e,
a julgar pelo título,
há por ali muito desespero»